sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Conceitos Impróprios

Desde o começo do mês penso em iniciar a construção de algum texto para transcrevê-lo neste blog. Pensando assim, nestes últimos tempos tive a iniciativa de propor a escrever um texto mais extenso, e que ao mesmo tempo seja intenso, como uma autobiografia, não autobiografica, prefiriria fazê-lo com outro personagem, mas com os mesmos propósitos. Com a facilidade de expressão de idéias, do moderno faça-o-que-quiser que corre à solto pelos meios de comunicação, não vejo dificuldades em um aluno às vésperas de se formar em Letras encontrar dofoculdades de raciocínio para se fazer uma boa argumentação, ou quem dera, um rascunho de um livro.
Conheço desde pequeno aquele ditado que "um homem deve ter filhos, plantar uma árvore e escrever um livro". Creio que tudo tem fundamento. Devemos transmitir, ou melhor, compartilhar o pouco que sabemos e além de tudo focar o que temos de útil para darmos nossa colaboração.
Há daqui exato um mês, finalizamos mais uma etapa. Mais um ano se finda. Que as expectativas não fiquem estacionados em papéis, que corram com toda a desenvoltura e oportunidades das quais são possíveis de serem realizadas. Se sua finalidade aui é o aprendizado, ótimo. Capaz de acreditar em algo mais, dê um passo a mais também, verá o quanto isso é necessário.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

20 de Novembro - Dia da Consciência Negra

Será que no século XXI está preparado para o convívio mútuo entre brancos e negros? Sabemos que negro é raça, preto é cor. Nossos irmãos negros têm os mesmos desejos e os mesmos ideais que a nossa fina pele esconde e colore em cada indivíduo. Ontem foi um dia de orgulho e para se lembrar o quão frágil é a sociedade contemporânea. Em quase quatrocentas cidades este eriado gerou nossas perspectivas e novos olhares para a cultura negra brasileira que representa com grande supremacia quase metade de toda a população brasileira. Os negros, mesmo recebendo menores apoios governamentais e menores salários que os brancos, não têm em tal século de progresso, a chance real de se igualar diante o homem branco. Por que será? As mulheres então, recebem menos ainda que os homens, e a mulher negra recebe menos ainda que a mulher branca. Onde está o direito e como podemos cobrar do branco (e quem sabe do negro também) uma melhor instrução para o nosso futuro? A desigualdade está aí diante dos olhos, não enxerga essa realidade quem não quer.


Estive em Curitiba quase uma semana e percebi o quão miscigenada é a nossa nação. Curitiba quase não possui negros ou mulatos. Ao caminhar pelo centro e em grande parte de alguns bairros, surgem um ou outro negro(a). Não sei o que acontece. Ao acaso se ficam flagelados aos arredores dos bairros menos favorecidos ou são empregados domésticos presos dentro das residências dos brancos. Apenas notei o descaso de alguma "Curitiboca" que sem estudo, ou ouvir o pedido de uma informação, responde com gritos que: -Não!... Não!... Não sei! Foi uma sucessão de gritos ao impor sua ridícula verdade de desconfiança. Eu nunca vou esquecer esta cena. A agressão verbal se dá quase que exclusivamente aos "berros" por classes menos instruídas, onde a pobreza e o desemprego geram conflitos e incertezas ao seu próprio futuro. Agarram tudo o que têm e não olham para os lados, nem ao sustentar uma informação, que no intuito de obter uma resposta é agredido verbalmente.

Nossa "Consciência Branca" toma conta do país há muitos anos, é hora de igualdade. Que a desconfiança quanto à classes distintas de pessoas não alterem o convívio pacífico que é o grande ideal utópico desta grande nação. Polêmicas e sussurros surgem em qualquer beco. Idéias brilhantes e verdades indiscutíveis são postas para o lado de fora da razão.