quarta-feira, 21 de maio de 2008

O que é Insubstituível

Diante de tanta tecnologia, ciência e conhecimentos gerados a cada segundo em qualquer parte do planeta, ocasionada pelo crescimento expressivo de opiniões, idéias e bases científicas, temos em nossa frente (esquecida) nosso próprio sentimento de como acompanhar tal desenvolvimento.
Passear em um domingo à tarde, correr no parque, sair para pescar, praticar algum esporte que goste ou quem sabe bater um papo com os amigos presentes lado-a-lado (nada de interferência de computadores), são tarefas que parecem possuir um tempo para realizar-mos que não se conseguem concretizar como há muito tempo.
Os valores de quando fomos crianças parecem desaparecer com o passar dos anos. Jogar bolinha de gude na rua, correr atrás de pipa, jogar bola, esconde-esconde, enfim, tudo parece desaparecer com a evolução da ciência.
Lembro de pessoas que há muito contribuíram para minha infância e que delas hoje não posso agradecer, pois não as vejo como antes, e algumas não estão em meus contatos "on-line". Por isso é bom aprender a reconhecer cada indivíduo enquanto está ali ao nosso lado.
Supostamente essa teoria tende a aumentar, pois quanto mais oportunidades, ou tempo, eu adquiro, mais pessoas "interessantes" vão indo embora e perde-se o contato.
O insubstituível não é o carro do ano ou a mansão que sonhamos comprar um dia; mas até lá quanto tempo passou para isso acontecer? Trabalhamos tanto que esquecemos completamente da relação entre as pessoas. Nossos sentimentos parecem ter muito mais importância que o dos outros. Nosso trabalho parece refletir uma obrigação de que sempre é melhor que antes e nossa meta é alcançar índices maiores ainda.
Sei que não sou como antigamente, mudei também. Mas quem não muda? O momento atual é muito diferente do que há um ano atrás. Aliás, não lembro com exatidão o que fiz há um ano atrás. Seja o que for, tudo é proporcional ao que sou agora. Isso é o que importa.
Inclusive o tempo é apurado. Quanto mais você gasta com ele, mais é cobrado. Cada vez você melhora seu estilo de vida ou sua cultura. Procuramos cada vez mais o melhor, e dele também acontece uma evolução do que ouvimos, lemos e o que realmente queremos para nós mesmos.
Confesso que sempre uso o "nós" involuntariamente para falar com os outros e não vejo mal algum nisso. Pode ser que o insubstituível seja isso que nos acompanha sempre: o nós e não o eu.