tag:blogger.com,1999:blog-83993940990096469272024-02-08T04:43:33.258-08:00Blog CulturalÉvertonhttp://www.blogger.com/profile/12125101339964029831noreply@blogger.comBlogger17125tag:blogger.com,1999:blog-8399394099009646927.post-18530377596312713812011-08-08T08:17:00.000-07:002011-08-08T08:17:44.150-07:00Vida da minha vida<div><div><div><div><div><div><div><div><div><div><div><div><div align="justify">Nova postagem, novo olhar para as coisas ao redor!!</div><div align="justify"></div><div align="justify">De acordo com este trecho da música do sambista Moacyr Luz eu tenho refletido muito nos últimos meses: "...vida da minha vida, olha o que me restou..."!!</div><div align="justify"></div><div align="justify">Não por coincidência a vida tem dado a mim várias oportunidades de mudança nos últimos tempos: emprego, escolas, estudos, amigos, enfim tudo novo ao mesmo tempo. O interessante é saber processar tudo isso sem perder uma essência que acredito que o passado está impregnado em mim. É difícil construir um novo futuro, mas não aproveitar o que tenho até agora conquistado no passado...</div><div align="justify"></div><div align="justify">Os próximos dias sempre são os mais difíceis, pois não se podem ser previstos. Somos as pessoas que somos de acordo com as nossas escolhas, pois são elas que tornam o nosso caráter da maneira que é agora, contemporâneo. Se você escolhe sair ou não para algum lugar, optar por ter um novo amigo ou não, tudo influencia o futuro, tudo se transforma em uma "nova vida". E, sendo assim acho que o "...olha o que me restou..." é exatamente isso: tudo aquilo que perdi, ou melhor, tive de abrir mão para ter a oportunidade de me agarrar ao novo, conseguir me apoiar em novos desafios e conhecer novas pessoas!!</div><div align="justify"></div><div align="justify">Novas pessoas significam novos meios de você próprio melhorar sua vida, seu crescimento pessoal e por que não sua autoestima?? O sentido é esse mesmo, seguir em frente por mais doloroso que possa parecer, afinal, e aqui tomo um gancho de outra música para completar dizendo, (Paulinho Moska) não é "tudo novo de novo"??</div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div>Évertonhttp://www.blogger.com/profile/12125101339964029831noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8399394099009646927.post-14033681458858661572011-07-31T19:45:00.000-07:002011-07-31T20:03:07.984-07:00Quem vai estar ao seu lado nos dias mais felizes de sua vida?<div align="justify"><span style="font-family:arial;">Antes de começar a escrever, ou no que tenho escrito (bem pouco) nos últimos tempos, apenas penso, apenas existo e formo imagens em minha cabeça:</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">-Eu era apenas rio, esperando que você navegasse...</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Mas agora??<br /><br />Não sou água, nem céu sujo, nem nada!!<br /></span></div><span style="font-family:arial;"></span><div align="justify"><span style="font-family:arial;">O silêncio é demais, parece que sempre te via pelas ruas e nunca te notara, mas ultimamente você não sai dos meus pensamentos, por quê?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Penso nas pessoas que passaram pela minha vida, nas que via sempre, nas que via na escola, faculdade, empregos antigos, enfim, hoje não faz mais parte da minha vida, afinal, qual o propósito?!</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Houve dias que cantava e era feliz, nunca achei felicidade tão contente assim!!</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Para uma ou outra pessoa penso na seguinte afirmação:</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">-Você foi a minha maior e melhor decepção...</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Seria apenas assim se resumisse o momento de agora, contados os dias anteriores, que tenho essa fala repetidamente em minha cabeça, esta simples pergunta ronda e ronda minha mente: Por quê??</span></div>Évertonhttp://www.blogger.com/profile/12125101339964029831noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8399394099009646927.post-66164529325685532202011-02-07T02:37:00.000-08:002011-02-07T07:41:05.278-08:00Caminhos tortosDurante as fases que se percorre na trajetória da vida, é possível se deparar com vários caminhos e escolhas que definem por onde esses caminhos vão seguir. Não acredito que tenha um destino final, mesmo próximo dele, podem haver mais percursos que desembocam em mais caminhos.<br />Enfim, esses caminhos não são apenas literários, eles são mais reais do que se pode acreditar. Nem sempre são fantasiosos, mas sim, concretos. Pode haver um significado para tudo, mas a resposta também pode ser torta. Inclusive em caminhos sinuosos é necessário estar mais cauteloso para não tomar uma atitude precipitada ou que pode gerar dor. Tudo tem um propósito e a resposta para caminhos assim nem sempre são vistos com grandes olhos. É necessário perceber os detalhes do caminho por onde passou e dos que estão ao alcance dos olhos hoje, pois amanhã esse caminho não será mais o mesmo, é outro, é novo...<br />Essa deve ser a graça de sempre estar caminhando! Mesmo em caminhos tortos, a atenção é toda voltada para que erros não aconteçam, e nessa preparação é fundamental usar tudo o que estiver disposto: os pensamentos, os sonhos, o que se conquista e o que se pretende atingir.<br />Cada lugar é único, assim como cada pessoa é única. Cada pessoa é um caminho que se deve conhecer para andar sempre confortavelmente, não que às vezes encontra-se crateras ou obstáculos para alcançar esse caminho, mas sim, que cada pessoa possui as suas particularidades que a tornam especiais e únicas, diferente uma das outras.<br />Caminho, estrada, porto, destino, parada, cada palavra usa em seu grau uma forma de dizer que pontos de partida e chegada estão ali uma do lado da outra e que formam um imenso círculo que não tem fim, elas acontecem a toda hora e a todo momento, até mesmo agora alguém parte e alguém chega, alguém morre e alguém nasce. Forma-se um caminho, um caminho novo, que agora pode ser torto, pois ainda não se vê a sua extensão, mas que alguma hora ao atravessar você conseguirá enxergar a sua continuidade...Évertonhttp://www.blogger.com/profile/12125101339964029831noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8399394099009646927.post-46156968494405935612010-12-20T02:52:00.000-08:002010-12-20T03:50:02.479-08:00Casamentos, casamentos!!Há o poeta que diz que todos os poemas são constituídos de "ar". Aí me pergunto: Do que é constituído um casamento?! - De amor?<br />Não sei responder, pois há quem acredita no amor platônico; quem possui amor como um sentimento de segurança e outros como que não querem simplesmente, passar o resto de sua vida sozinho.<br />Supostamente acho interessante como os casamentos acontecem com frequência próximo às datas de Natal e Ano Novo. Tenho amigos que se casam especificamente nestas datas como uma opção de reunir familiares distantes e estarem longe das obrigações escolares ou demais ocupações.<br />O interessante acontece em saber que a inspiração de final de ano é meramente passageira, ao passo que logo ao terminar a vida se inicia realmente. Isto não é referido exclusivamente aos matrimônios, pois muitos seguem os princípios que regem esse enlace.<br />Acredito que o tempo é o guardião da sabedoria, e é ele quem acredita ou não no resultado. Nós somos parte, como pessoas, que vez ou outra encarnamos um personagem.Évertonhttp://www.blogger.com/profile/12125101339964029831noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8399394099009646927.post-66429501306115463712008-09-03T09:49:00.000-07:002008-09-03T11:34:20.590-07:00Felicidade à sombra da LiberdadeCriando novos horizontes em meio ao mês de Setembro, percebe-se as fortes ondas de calor que a tradicional data cívica e o início da primavera recriam...<br />Torna-se enfim verdade à olhos vermelhos aqueles que não acreditam que o planeta está sendo consumido pelo ser humano. Sendo a esperança nosso maior aliado, e torcemos para nunca perder sua amizade, mesmo que de nossa parte seja intolerável tê-lo como amigo, somos capazes de aumentar nossa carga desumana e suja...<br />Talvez seria melhor amenizar nossa dor, buscando pela arte e cultura um meio de divulgação e expandindo aos demais o manifesto que nos é pedido. Tomei parte de um filme interessante sobre cultura e associações sobre o ser humano em diferentes níveis de convívio e para assistir "Escritores da Liberdade" nossa alma ganha um novo sentido de educação que é tão necessária aos dias de hoje.<br /><br />Tanto Assim<br /><br />Tanto assim<br />Como sabera<br />De um sonho que terminou em sombra<br />Sombra suave e fresca e festa<br />Foi-se passar e passou<br />Aluou o que não se pode falar<br />E falou o desespero do som<br />Assim é, assim foi<br /><br />Tanto assim<br />Que passou<br />E o sonho findou<br />A sombra cresceu<br />O que era fresco, murchou<br />O que passa, enloucou<br /><br />Tanto tempo<br />O que passa, acabou<br />O tempo levou<br />Em canto e descontento<br /><br />(Éverton Bernardes Wenceslau)Évertonhttp://www.blogger.com/profile/12125101339964029831noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8399394099009646927.post-44548415575409376192008-05-21T05:27:00.000-07:002008-05-21T06:00:55.892-07:00O que é Insubstituível<div align="justify">Diante de tanta tecnologia, ciência e conhecimentos gerados a cada segundo em qualquer parte do planeta, ocasionada pelo crescimento expressivo de opiniões, idéias e bases científicas, temos em nossa frente (esquecida) nosso próprio sentimento de como acompanhar tal desenvolvimento.</div><div align="justify">Passear em um domingo à tarde, correr no parque, sair para pescar, praticar algum esporte que goste ou quem sabe bater um papo com os amigos presentes lado-a-lado (nada de interferência de computadores), são tarefas que parecem possuir um tempo para realizar-mos que não se conseguem concretizar como há muito tempo.</div><div align="justify">Os valores de quando fomos crianças parecem desaparecer com o passar dos anos. Jogar bolinha de gude na rua, correr atrás de pipa, jogar bola, esconde-esconde, enfim, tudo parece desaparecer com a evolução da ciência.</div><div align="justify">Lembro de pessoas que há muito contribuíram para minha infância e que delas hoje não posso agradecer, pois não as vejo como antes, e algumas não estão em meus contatos "on-line". Por isso é bom aprender a reconhecer cada indivíduo enquanto está ali ao nosso lado. </div><div align="justify">Supostamente essa teoria tende a aumentar, pois quanto mais oportunidades, ou tempo, eu adquiro, mais pessoas "interessantes" vão indo embora e perde-se o contato.</div><div align="justify">O insubstituível não é o carro do ano ou a mansão que sonhamos comprar um dia; mas até lá quanto tempo passou para isso acontecer? Trabalhamos tanto que esquecemos completamente da relação entre as pessoas. Nossos sentimentos parecem ter muito mais importância que o dos outros. Nosso trabalho parece refletir uma obrigação de que sempre é melhor que antes e nossa meta é alcançar índices maiores ainda.</div><div align="justify">Sei que não sou como antigamente, mudei também. Mas quem não muda? O momento atual é muito diferente do que há um ano atrás. Aliás, não lembro com exatidão o que fiz há um ano atrás. Seja o que for, tudo é proporcional ao que sou agora. Isso é o que importa. </div><div align="justify">Inclusive o tempo é apurado. Quanto mais você gasta com ele, mais é cobrado. Cada vez você melhora seu estilo de vida ou sua cultura. Procuramos cada vez mais o melhor, e dele também acontece uma evolução do que ouvimos, lemos e o que realmente queremos para nós mesmos.</div><div align="justify">Confesso que sempre uso o "nós" involuntariamente para falar com os outros e não vejo mal algum nisso. Pode ser que o insubstituível seja isso que nos acompanha sempre: o nós e não o eu.</div>Évertonhttp://www.blogger.com/profile/12125101339964029831noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8399394099009646927.post-20933364902635319582008-03-13T17:20:00.000-07:002008-03-13T17:36:25.483-07:00Luisa no romance "O Primo Basílio"Luisa, jovem de media burguesia, cabeça fraca e sonhos altos, casou-se digamos, por interesse ao que o engenheiro Jorge pudesse lhe dar o suposto conforto à jovem.<br /><div align="justify">Dentro disso, Eça de Queirós quis tratar a sociedade burguesa do final do século XVIII, caracterizando seus pontos aguçados em dar crítica sutilmente à maneira que a classe de então vivia em Portugal e Europa. Com esse pano de fundo, temos em análise Luísa como personagem atraída pelo marasmo e em primeira oportunidade na ausência do marido o trai com seu primo Basílio, jovem elegante e charmoso.</div><div align="justify">A vida de Luisa foi muito desdenhada; ora sentava-se ao sofá ou passava horas ao piano. Este último era marcado sempre com as presenças e aceitações musicais, tanto por parte de Basílio como de seus amigos Sebastião ou Felicidade. Aprendeu inclusive canções que diriam o seu estado de espírito ou o que aceitaria e rejeitaria para si.</div><div align="justify">Tal comprovação se dá à uma vida pura e ingênua, e assim realçamos que o Primo Basílio não era nada galante ou cortês, ao que apenas seduziria Luisa para tê-la como mulher. Não tendo como evitar e aceitando os galanteios do primo, Luisa rende-se à um mundo fictício e irreal, tanto que quando se dá conta de si e do mal que ocorreu, repudia-se de tudo o que passou e quer ter seu amado Jorge de volta e o trato infinitamente melhor que antes de sua viagem à negócios. Nesse curto período surge a trama, Juliana sua empregada mal quista por todos, rouba-lhe duas ou três cartas e suborna sua patroa. Basílio parte com uma desculpa qualquer e deixa sua prima a vã de sua própria desventura. Assim Jorge volta e Luisa e atormentada todos os dias por sua empregada que a faz trabalhar para si e lhe exige mordomias. Chega assim a um ponto em que a dissonância da vida é aparentemente precária, quer dizer, tudo é uma rotina que deixa um ar úmido e parado no ar, tomando conta do espaço todo e de um futuro sem perspectivas. </div><div align="justify">Por fim, sem mais se aproximar do piano e auxiliando e implorando a ajuda de Sebastiao consegue finalmente as cartas e falece por aneurisma sua empregada. Jorge mais tarde descobre tudo e a jovem fica a mercê de uma doença infame que a consome por alguns dias até que a leva sem explicações.</div><div align="justify">De uma temática original que foi acompanhado em "O Crime do Padre Amaro", Eça explora o universo feminino em suas personagens assim como Machado de Assis, da qual, faz-se inclusive contrapontos em comum e analogias quanto a personagens de um ou outro autor.</div><div align="justify">O curioso é que a música sempre dá as caras quanto se trata destes dois autores. "Helena" de Machado de Assis, "Dom Casmurro", narrado em primeira pessoa por Bentinho ou mesmo em "O Primo Basílio", onde a musicalidade fluiu-se inclusive na passagem que foi musicada, ou melhor, declamada por Arnaldo Antunes em "Amor I Love You" em disco de Marisa Monte.</div><div align="justify">Põe-se aí o instrumento do piano sempre com a elite ou a burguesia em geral, mas que sempre acompanha os emblemas de uma sociedade em que gerações ou centenários ainda perduram muito o que apontar nos romances históricos, onde se sugere muito a analisá-los com leitura e afinco.</div>Évertonhttp://www.blogger.com/profile/12125101339964029831noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8399394099009646927.post-22118760776401016532008-03-10T18:25:00.000-07:002008-03-10T19:08:19.665-07:00Como a Música e o Jazz se Transformaram em Pop<div align="justify">Vários estilos e elementos foram construídos pelos negros, tais que pelo fato de possuírem qualidades artísticas visíveis e auditivas com indefectível intuição, eram discriminados e exilados de suas próprias evidências. São eles os arquitetos de vários estilos que se propagaram para quase todos os cantos do globo. Nos Estados Unidos foram eles que introduziram o blues que mais tarde caracteriza o jazz de raiz e mais tarde o jazz fusion. São eles os principais bandleaders de quilate de um Miles Davis, Ornette Coleman ou John Coltrane entre outros. Mesmo Duke Ellington com sua elegância, causaram impactos que jamais poderão ser extraídos das artérias do jazz. Essa técnica e apuração foi sendo lapidada com o passar do tempo e trouxe benefícios que muitos observaram como obstáculos, mas sabemos que estes foram derrubados contra o preconceito da aceitação de seus próprios ídolos, sendo que artistas negros eram segredados ou simplesmente não eram valorizados como seres artísticos.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">No Brasil isso não foi diferente. Os negros trouxeram seus cantos africanizados desde a época da Escravidão e mesmo antes com os cantos mouros que eram aceitos em determinadas áreas do nordeste sofreram a forte influência do negro nesta tal cultura.</div><div align="justify">O maxixe, gênero primário do samba, era compassado e muito boliçoso para as ditas elites da época. Pois desde os primórdios eram apenas costumes praticados e dançados pelos próprios negros. Após esta modéstia evolução que sucedeu para o gênero samba. Houve pessoas que contribuíram de forma significativa para que o samba fosse explorado e posto como arte. O choro foi aceito primeiramente que o samba, mas tambem sofreu resistência. Tia Ciata foi uma das personagens que mais alicerçaram estes gêneros e os expandiu de dentro de sua casa e abrigou inúmeros artistas que transformaram a raiz da musica brasileira para a qual conhecemos hoje.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Acontece que o que é raiz, seja em música ou arte, com o tempo passa a sofrer uma diluição, isto é, torna-se mais pop, mais comercial e vendável. Isto em poucas palavras, sofreu a influência que muitas gerações desenvolveram por orgulho a uma nação e que foi reduzida a algo insosso e monótono. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Nas décadas de 50 e 60 como podemos observar nos Estados Unidos, o rock também sofreu expansão com um artista branco, Elvis, mas antes dele cantores como Little Richard, por exemplo eram "banidos" das rotas musicais. Duke Ellington e os mais geniais jazzistas também foram interpelados e postos em dúvida para saber se o que realmente faziam era música. Thelonious Monk com nome dificílimo e nível técnico mais apurado ainda, sofreu inúmeras ameaças de seus amigos e posto como anti-musical. Junto com Ornette Coleman foi repudiado e aceito apenas com certa resistência da parte individual destas figuras. Sabemos hoje, que tais caráteres foram seletivos e indispensáveis para o que se ouve hoje em dia, mas estes são artistas que geraram tais movimentos musicais e dispuseram nestes o que possuiam dentro de si.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">As décadas seguintes foram o manifesto e uma pré-anunciação do que se encontraria hoje, principalmente depois das revoluções e evoluções ritmicas e que o tempo traçou de simplificar. A década de 90 foi a década da "citação". Houve todo um agrupamento de estilos de artistas, como os já citados, em muitos outros que surgiram logo depois. Hoje, ocupa-se o mínimo de genialidade e se usa a quase copiação plageada.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Ouvimos artistas afinados e de boa técnica, muitos dos quais passei a admirar e que tem me conquistado talvez por estas mesmas qualidades. Quem se renova e não se preocupa com a quantidade de acertos e erros é Herbie Hancock. Admiro este pianista, como tantos outros, mas com a perfeição que lhe foi atribuída, nota-se que o tempo encarregou de trazê-lo para o lado pop, assim como artistas de cunho que passam desde Alícia Keys, Jamie Cullum, Corinne Bailey Rae e Joss Stone como os que flutuam também para o blues como John Mayer que traz um caráter que B. B. King conquistou com uma mágica tranquilidade com sua a guitarra dita de blues.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Todos esses artistas trazem em si inspiração. De fato são inspiradores, e voltando para a primeira pessoa: Eu os Admiro! Frase dita com exclamação mas que ao contrário das raízes que tanto merece respeito, nota-se que não trazem nada de novo para o que se tem de atual. Crítica não deve haver, são pontos de vista que se vêem de ângulos diferentes em um mesmo segmento. São citados estes artistas não com um apontamento grotesco, mas suave ao que o pop vem cativando para nossa juventude. Tendo escrito este "nosso", onde me deixa como um possível e passível cúmplice, mostra que também me preocupa com esta crise. A mesma que o pop mescla com estilos e citações para se recriar e renovar a captação de novos músicos em um possível futuro que os amantes dos antigos estilos encontrem hoje em dia com uma enorme captação singular ao que uma época era acatado como original.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Deixo possíveis sugestões para saciar a curiosidade do que, tanto no Brasil, quanto nos Estados Unidos ou Europa, trouxe com originalidade e que hoje flui como pop nas veias da música.</div>Évertonhttp://www.blogger.com/profile/12125101339964029831noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8399394099009646927.post-33121167550453453472008-02-29T11:40:00.000-08:002008-02-29T11:48:28.847-08:0029 de Fevereiro: Um Encontro Quaternário<div align="justify">Lendo em um site com resumos de coisas propositais e sobre a existência de fatos como este do dia específico do "29 de Fevereiro", podemos assim dizer que se sucede apenas porque como nossos dias não possuem exatamente 24 horas por dia fica entao acrescido um dia a cada quatro anos para que o sol fique alinhado novamente para a cada mais quatro anos acontecer o fato novamente. É mais ou menos assim. </div><div align="justify">Sabe-se ainda que com a modernidade em quase seu auge tudo ocorre numa velocidade estonteante. Da-se mais valor ao que traz Ibope e menos ao que realmente importa. Sendo assim, prefiro sempre a qualidade quanto a quantidade.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Longe de mim, fiquei feliz em saber que este blog ficou "postado" em alguns itens para pesquisa no Google (maior site para pesquisas, tanto no Brasil como no mundo), e assim, creio que preciso aumentar cada vez mais esta qualidade que sempre busquei.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Por enquanto trago novidades em descobrir o jazz... e creio que em pouco tempo trarei aqui uma materia bem interessante ao meu gosto, que humildemente neste caso em especifico, atinge o pop jazz. Ouço o que tem qualidade e em quase tudo busco o mesmo.. Não sendo mais tão superficial me despeço aqui e felicito-vos por termos mais um dia neste ano de 2008.. um grande abraço à todos e ate mais...</div><div align="justify"> </div>Évertonhttp://www.blogger.com/profile/12125101339964029831noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8399394099009646927.post-61850320353183968002007-12-29T17:35:00.000-08:002007-12-29T17:46:42.800-08:00Poema do Menino JesusDentro do pouco tempo que tenho disponível (e que prometi trazer um poema de Fernando Pessoa) o faço agora antes que o ano encerre. Ouvindo tanto Maria Bethânia, como recitando este mesmo poema e entre tantos outros que a faz muito bem como "Ultimatum" entre tantos, estou a dizer que Fernando Pessoa com certeza é um dos maiores poetas existentes e dos quais mais admiro. Assinando este poema como Alberto Caeiro trouxe uma singeleza e uma leveza que Bethânia o "resumiu" com uma técnica incrível em seu CD e DVD homônimo "Maricotinha ao Vivo" onde me pareceu que a versão resumida pareceu-me mais bela que a extensa. Entretanto tudo à poesia é incrível e quem sou eu a dar opinião! Meu desejo era dizer um pouco do meu gosto e do que interesso antes de encerrar o ano. Com o que já trouxe aqui fiz uma pequena síntese do que sou culturalmente. Aí está o belo poema na íntegra.<br /><br />Poema do Menino Jesus<br />Num meio-dia de fim de Primavera<br />Tive um sonho como uma fotografia.<br />Vi Jesus Cristo descer à terra.<br />Veio pela encosta de um monte<br />Tornado outra vez menino,<br />A correr e a rolar-se pela erva<br />E a arrancar flores para as deitar fora<br />E a rir de modo a ouvir-se de longe.<br />Tinha fugido do céu.<br />Era nosso demais para fingir<br />De segunda pessoa da Trindade.<br />No céu tudo era falso, tudo em desacordo<br />Com flores e árvores e pedras.<br />No céu tinha que estar sempre sério<br />E de vez em quando de se tornar outra vez homem<br />E subir para a cruz, e estar sempre a morrer<br />Com uma coroa toda à roda de espinhos<br />E os pés espetados por um prego com cabeça,<br />E até com um trapo à roda da cintura<br />Como os pretos nas ilustrações.<br />Nem sequer o deixavam ter pai e mãe<br />Como as outras crianças.<br />O seu pai era duas pessoas -<br />Um velho chamado José, que era carpinteiro,<br />E que não era pai dele;<br />E o outro pai era uma pomba estúpida,<br />A única pomba feia do mundo<br />Porque nem era do mundo nem era pomba.<br />E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.<br />Não era mulher: era uma mala<br />Em que ele tinha vindo do céu.<br />E queriam que ele, que só nascera da mãe,<br />E que nunca tivera pai para amar com respeito,<br />Pregasse a bondade e a justiça!<br />Um dia que Deus estava a dormir<br />E o Espírito Santo andava a voar,<br />Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.<br />Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.<br />Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.<br />Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz<br />E deixou-o pregado na cruz que há no céu<br />E serve de modelo às outras.<br />Depois fugiu para o Sol<br />E desceu no primeiro raio que apanhou.<br />Hoje vive na minha aldeia comigo.<br />É uma criança bonita de riso e natural.<br />Limpa o nariz ao braço direito,<br />Chapinha nas poças de água,<br />Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.<br />Atira pedras aos burros,<br />Rouba a fruta dos pomares<br />E foge a chorar e a gritar dos cães.<br />E, porque sabe que elas não gostam<br />E que toda a gente acha graça,<br />Corre atrás das raparigas<br />Que vão em ranchos pelas estradas<br />Com as bilhas às cabeças<br />E levanta-lhes as saias.<br />A mim ensinou-me tudo.<br />Ensinou-me a olhar para as coisas.<br />Aponta-me todas as coisas que há nas flores.<br />Mostra-me como as pedras são engraçadas<br />Quando a gente as tem na mão<br />E olha devagar para elas.<br />Diz-me muito mal de Deus.<br />Diz que ele é um velho estúpido e doente,<br />Sempre a escarrar para o chão<br />E a dizer indecências.<br />A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.<br />E o Espírito Santo coça-se com o bico<br />E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.<br />Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.<br />Diz-me que Deus não percebe nada<br />Das coisas que criou -"Se é que ele as criou, do que duvido." -<br />"Ele diz por exemplo, que os seres cantam a sua glória,<br />Mas os seres não cantam nada.<br />Se cantassem seriam cantores.<br />Os seres existem e mais nada,<br />E por isso se chamam seres.<br />"E depois, cansado de dizer mal de Deus,<br />O Menino Jesus adormece nos meus braços<br />E eu levo-o ao colo para casa<br />.... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...<br />Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.<br />Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.<br />Ele é o humano que é natural.<br />Ele é o divino que sorri e que brinca.<br />E por isso é que eu sei com toda a certeza<br />Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.<br />E a criança tão humana que é divina<br />É esta minha quotidiana vida de poeta,<br />E é por que ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre.<br />E que o meu mínimo olhar<br />Me enche de sensação,<br />E o mais pequeno som, seja do que for,<br />Parece falar comigo.<br />A Criança Nova que habita onde vivo<br />Dá-me uma mão a mim<br />E outra a tudo que existe<br />E assim vamos os três pelo caminho que houver,<br />Saltando e cantando e rindo<br />E gozando o nosso segredo comum<br />Que é saber por toda a parte<br />Que não há mistério no mundo<br />E que tudo vale a pena.<br />A Criança Eterna acompanha-me sempre.<br />A direcção do meu olhar é o seu dedo apontado.<br />O meu ouvido atento alegremente a todos os sons<br />São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.<br />Damo-nos tão bem um com o outro<br />Na companhia de tudo<br />Que nunca pensamos um no outro,<br />Mas vivemos juntos e dois<br />Com um acordo íntimo<br />Como a mão direita e a esquerda.<br />Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas<br />No degrau da porta de casa,<br />Graves como convém a um deus e a um poeta,<br />E como se cada pedra<br />Fosse todo o universo<br />E fosse por isso um grande perigo para ela<br />Deixá-la cair no chão.<br />Depois eu conto-lhe histórias das coisas só dos homens<br />E ele sorri porque tudo é incrível.<br />Ri dos reis e dos que não são reis,<br />E tem pena de ouvir falar das guerras,<br />E dos comércios, e dos navios<br />Que ficam fumo no ar dos altos mares.<br />Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade<br />Que uma flor tem ao florescer<br />E que anda com a luz do Sol<br />A variar os montes e os vales<br />E a fazer doer aos olhos dos muros caiados.<br />Depois ele adormece e eu deito-o.<br />Levo-o ao colo para dentro de casa<br />E deito-o, despindo-o lentamente<br />E como seguindo um ritual muito limpo<br />E todo materno até ele estar nu.<br />Ele dorme dentro da minha alma<br />E às vezes acorda de noite<br />E brinca com os meus sonhos.<br />Vira uns de pernas para o ar,<br />Põe uns em cima dos outros<br />E bate palmas sozinho<br />Sorrindo para o meu sono<br />.... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...<br />Quando eu morrer, filhinho,<br />Seja eu a criança, o mais pequeno.<br />Pega-me tu ao colo<br />E leva-me para dentro da tua casa.<br />Despe o meu ser cansado e humano<br />E deita-me na tua cama.<br />E conta-me histórias, caso eu acorde,<br />Para eu tornar a adormecer.<br />E dá-me sonhos teus para eu brincar<br />Até que nasça qualquer dia<br />Que tu sabes qual é<br />.... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...<br />Esta é a história do meu Menino Jesus.<br />Por que razão que se perceba<br />Não há-de ser ela mais verdadeira<br />Que tudo quanto os filósofos pensam<br />E tudo quanto as religiões ensinam ?<br /><br /> Alberto CaeiroÉvertonhttp://www.blogger.com/profile/12125101339964029831noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8399394099009646927.post-30033445135018912352007-12-25T17:22:00.000-08:002007-12-25T17:47:03.015-08:0025 de Dezembro e Festas de Fim de Ano<strong><span style="font-size:78%;">Com a já manjada música "Então é Natal" sentimos a nostalgia e a melancolia que o Natal produz e amolece os corações dos brasileiros. É tempo de festas e de se sentir feliz. Apesar de eu adorar muito Fernando Pessoa, onde publica na célebre "Natal" o recomeço e a obscuridade que a data nos atinge. É dele inclusive poemas que me deixam fascinado como Cada coisa tem seu tempo ao seu tempo... e ainda expressões que imagino como "coisas materiais são passageiras e coisas espirituais são eternas", que mesmo não sendo dele, eu o lembro como poeta tanto quanto o poema do Menino Jesus, onde emprega-se como Alberto Caeiro. Assim existe um texto que encontrei por acaso, e que pela data é válido lê-lo por completo, e lembrá-lo, assim como são as lembranças que o final de ano nos trazem como "flash-back".</span></strong><br /><strong><span style="font-size:78%;"></span></strong><br />Já fiz cosquinha na minha irmã só pra ela parar de chorar, já me queimei brincando com vela. Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto, já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo. Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista. Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora. Já passei trote por telefone. Já tomei banho de chuva e acabei me viciando. Já roubei beijo. Já confundi sentimentos. Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido. Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro, já me cortei fazendo a barba apressado, já chorei ouvindo música no ônibus.<br />Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de se esquecer. Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas, já subi em árvore pra roubar fruta, já caí da escada de bunda... Já fiz juras eternas, já escrevi no muro da escola, já chorei sentado no chão do banheiro, já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante. Já corri pra não deixar alguém chorando, já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só. Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado, já me joguei na piscina sem vontade de voltar, já bebi uísque até sentir dormentes os meus lábios, já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso, já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial.Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar. Já apostei em correr descalço na rua, já gritei de felicidade, já roubei rosas num enorme jardim. Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um 'para sempre' pela metade.Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol, já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão. Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamado coração.<br />E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita:'Qual sua experiência?'.Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência... experiência.. Será que ser 'plantador de sorrisos' é uma boa experiência? Não! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos!Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta:'Experiência? Quem a tem, se a todo momento tudo se renova?'Évertonhttp://www.blogger.com/profile/12125101339964029831noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8399394099009646927.post-35049712918119680012007-11-30T10:32:00.000-08:002007-11-30T10:40:51.807-08:00Conceitos ImprópriosDesde o começo do mês penso em iniciar a construção de algum texto para transcrevê-lo neste blog. Pensando assim, nestes últimos tempos tive a iniciativa de propor a escrever um texto mais extenso, e que ao mesmo tempo seja intenso, como uma autobiografia, não autobiografica, prefiriria fazê-lo com outro personagem, mas com os mesmos propósitos. Com a facilidade de expressão de idéias, do moderno faça-o-que-quiser que corre à solto pelos meios de comunicação, não vejo dificuldades em um aluno às vésperas de se formar em Letras encontrar dofoculdades de raciocínio para se fazer uma boa argumentação, ou quem dera, um rascunho de um livro.<br />Conheço desde pequeno aquele ditado que "um homem deve ter filhos, plantar uma árvore e escrever um livro". Creio que tudo tem fundamento. Devemos transmitir, ou melhor, compartilhar o pouco que sabemos e além de tudo focar o que temos de útil para darmos nossa colaboração.<br />Há daqui exato um mês, finalizamos mais uma etapa. Mais um ano se finda. Que as expectativas não fiquem estacionados em papéis, que corram com toda a desenvoltura e oportunidades das quais são possíveis de serem realizadas. Se sua finalidade aui é o aprendizado, ótimo. Capaz de acreditar em algo mais, dê um passo a mais também, verá o quanto isso é necessário.Évertonhttp://www.blogger.com/profile/12125101339964029831noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8399394099009646927.post-71533240535758172562007-11-21T07:26:00.000-08:002007-11-21T07:46:40.646-08:0020 de Novembro - Dia da Consciência NegraSerá que no século XXI está preparado para o convívio mútuo entre brancos e negros? Sabemos que negro é raça, preto é cor. Nossos irmãos negros têm os mesmos desejos e os mesmos ideais que a nossa fina pele esconde e colore em cada indivíduo. Ontem foi um dia de orgulho e para se lembrar o quão frágil é a sociedade contemporânea. Em quase quatrocentas cidades este eriado gerou nossas perspectivas e novos olhares para a cultura negra brasileira que representa com grande supremacia quase metade de toda a população brasileira. Os negros, mesmo recebendo menores apoios governamentais e menores salários que os brancos, não têm em tal século de progresso, a chance real de se igualar diante o homem branco. Por que será? As mulheres então, recebem menos ainda que os homens, e a mulher negra recebe menos ainda que a mulher branca. Onde está o direito e como podemos cobrar do branco (e quem sabe do negro também) uma melhor instrução para o nosso futuro? A desigualdade está aí diante dos olhos, não enxerga essa realidade quem não quer.<br /><br /><br />Estive em Curitiba quase uma semana e percebi o quão miscigenada é a nossa nação. Curitiba quase não possui negros ou mulatos. Ao caminhar pelo centro e em grande parte de alguns bairros, surgem um ou outro negro(a). Não sei o que acontece. Ao acaso se ficam flagelados aos arredores dos bairros menos favorecidos ou são empregados domésticos presos dentro das residências dos brancos. Apenas notei o descaso de alguma "Curitiboca" que sem estudo, ou ouvir o pedido de uma informação, responde com gritos que: -Não!... Não!... Não sei! Foi uma sucessão de gritos ao impor sua ridícula verdade de desconfiança. Eu nunca vou esquecer esta cena. A agressão verbal se dá quase que exclusivamente aos "berros" por classes menos instruídas, onde a pobreza e o desemprego geram conflitos e incertezas ao seu próprio futuro. Agarram tudo o que têm e não olham para os lados, nem ao sustentar uma informação, que no intuito de obter uma resposta é agredido verbalmente.<br /><br />Nossa "Consciência Branca" toma conta do país há muitos anos, é hora de igualdade. Que a desconfiança quanto à classes distintas de pessoas não alterem o convívio pacífico que é o grande ideal utópico desta grande nação. Polêmicas e sussurros surgem em qualquer beco. Idéias brilhantes e verdades indiscutíveis são postas para o lado de fora da razão.Évertonhttp://www.blogger.com/profile/12125101339964029831noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8399394099009646927.post-46497617036200943212007-10-31T09:32:00.000-07:002007-10-31T09:45:25.632-07:00Nara Leão: A Musa da Bossa Nova<div align="justify">Depois de ter assistido a algumas partes do documentário feito pela Globo em "Por Toda Minha Vida", e sendo que é depois de uma antiga admiração que eu já possuía por Nara, compreendi a importância e a falta que Nara tem à música brsileira, e em especial a nossa MPB. Conhecia parte de sua obra e havia dúvidas que me foram esclarecidas como a causa de sua morte, que há uma semana descobri ser o câncer que a matou. Nara era única e da mesma forma que Erasmo Carlos disse na entrevista (ao que preferi compreender) foi que a coisa mais linda era o timbre único que Nara posúía, era pessoal e intransferível. Nara era apaixonada por seus joelhos, e estes não foram mostrados no DVD do Programa Ensaio de 1973, (mesmo ano da gravação do DVD de Elis Regina, ambos em preto-e-branco).</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Neste DVD, podemos ver Nara contando fatos de sua vida, música e carreira da forma que a caracterizou sempre, com sua meiguice e timidez típicas. Depois de várias remasterizações e de encaixotarem toda a sua obra em duas caixas de Cd´s com 13 ou 14 Cd´s cada. Isso é um fato depois de tantos relançamentos e das vendagens que apresentaram números significativos, revela que, o povo brasileiro começa a acordar e a entender sobre suas origens e compreender a real importância de nossa Cultura.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Nesse exemplo, Nara e Elis são indiscutíveis. Apresento esse exemplo de Nara, pois este é o mês de aniversário de minha mãe, e a acho muito parecida com Nara em 1987. Como Nara causa ausência nesses dias que a MPB caminha para a repetição. Nossa salvação está em Bethânia ou em Adriana Calcanhotto, que a acho a artista mais parecida com Nara dos velhos tempos.</div>Évertonhttp://www.blogger.com/profile/12125101339964029831noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8399394099009646927.post-82367349173549187572007-09-29T19:31:00.000-07:002007-09-29T19:34:10.817-07:00Análise e Argumentação na Comunição de "Esaú e Jacob" de Mahcado de Assis<div align="justify"><span style="font-family:courier new;">Dentro de uma Comunicação apresentada por Luis Eduardo Veloso Garcia, Hugo Rafael Pires dos Santos e Éverton Bernardes Wenceslau, foi discutido dentro desses parâmetros, características que predominaram nesse romance com o intuito quase que exclusivo a essa dualidade que Machado foi tão feliz em apontar: a visão Política e a Visão Bíblica. Se por um lado, o autor de Esaú e Jacob queria de fato reconciliar-se com novas características, foi feliz em ter enveredado por assuntos tão polêmicos e por ângulos sutis para se abordar com inferência à classe social da época.<br />As críticas sociais quanto a estrutura familiar gera em personagens a própria dualidade que existe em toda a narrativa. Seus personagens inicialmente dão uma primeira impressão de uma indecisão que logo é percebida pelo leitor. A família Santos responsável pelos gêmeos, tem sua estrutura muito mal fundada com relação ao pai dos meninos; como primeiro ponto, Santos obscurece seu passado ao se retratar pobre (isso é iropnicamente retratado com um enterro de um primo que foi quase completamente encobertado), seguindo para um enriquecimento inexplicavel, vê-se obrigado a não revelar seu passado com tanta clareza. Sua mulher, Natividade, vinda de família tradicional burguesa é um oposto à isso e seus costumes são mais sutis.<br />Ao caráter político, aqui se resume à luta da Monarquia X República e que ironicamente dada como ambiguidade, é como se dormissem como Monarquia e acordassem em regime de República. O caso melhor explicado é com a família Baptista que influenciado pela mulher Cláudia, Baptista tem decisões vagas e é representado por uma figura muito "frágil" ao tomar suas decisões. Viu-se que Marechal Deodoro não fez questão de tomar parte do Regime Militar vigente e por pouco tempo houve uma intransição de governos, que aqui é muito bem representado pelo "Caso da Taboleta" do Confeiteiro Custódio. Custódio visita Aires às pressas para que este dê seu parecer ao descobrir que com o novo Governo, sua COnfeitaria, intitulada "Confeitaria do Império" seria uma impecílio para seus negócios. Com esse ponto de vista da época, e sabendo-se que Custódio mandara fabricar uma nova Taboleta, ficara aterrorizado em imaginar que os seguidores do outro regime atirassem pedras em sua Confeitaria, e quebrassem suas vidraças. Assim Aires o orientou com algumas idéias pertinentes que foram ouvidas por Custódio com atenção. Aqui é percebido o como preocupante e sutil Machado quis enfocar esse dualismo dentro da própria política da época, e estamos nos tratando do final do século XIX para o início do século XX, e como as questões políticas são tão atuais como dantes. Hoje poderíamos considerar uma comparação com os principais governos do país, como psdb e pt. Essa questão, assim como a visão bíblica trazem incômodo e geram reflexão ao leitor.<br />Adentrando ao dualismo Bíblico, que já inicia com o título do romance, "Esaú e Jacob", Machado quis remeter o romance ao que praticamente aconteceu na Bíblia eno Livro de Gênesis, dos capítulos 27 ao 33, onde acontece o nascimento dos gêmeos filhos de Isaque e Rebeca, Esaú e Jacob, que já dentro do útero materno, houve brigas para ver qual deles receberia a primogenitura do pai.Com essa visão e sabendo que Rebeca recebera de Deus esse parto, pois não era tida como mulher para gerar filhos, descobriu-se que dela nasceriam duas grandes nações que seriam diferentes entre si. Apoiando-se nesse pensamento, percebemos a crítica que Machado faz em particular à algumas atitudes de algumas personagens que são construídas com tom irônico, inclusive o próprio narrador. As características de comportamento das personagens, geram os conflitos de "aparência e essência" e de "interesses próprios". Como personagens, iniciamos com Esaú e Jacob, como dito anteriormente, foram gêmeos que sendo idênticos apenas na aparência, começaram a se desentender já no útero de Rebeca. Aqui no romance os principais personagens, que são os gêmeos, são representados por Pedro e Paulo, que também fazem alusão aos apóstolos de Jesus, Pedro e Paulo, que Natividade, tia dos meninos ouviu em um Credo em uma Missa e interessada com os nomes os apresentou à mãe Natividade e dela fez seu parecer aceito.Natividade, a mãe dos garotos, significa em forma da palavra, o Nascimento de Cristo em especial, e também aos demais Santos. A tia Perpétua tem o significado em infinitivo (perpetuar) de eternizar-se ou se tornar eterno. Santos, o pai dos meninos, receb este nome, pois mesmo sendo cristõ de pouca fé e recorrendo ao Espiritismo, significa na expressão "muitos santos, ou diversas religiões", da qual faz-se alusão à seu nome. e outro personagem interessante, é o Irmão das Almas, que no capítulo III recebendo uma nota de Natividade logo após ter feito uma consulta com a Cabocla do Castelo, recebeu uma nota alta, no valor de dois mil réis, e que duvidando da originalidade da nota, a pôs contra o Sol para ver se era legítima. Percebendo que era verdadeira, a pôs em seu bolso e dizendo que também era uma alma, pegou a nota para si. No final, este último personagem, ironicamente reaparece, agora rico e com seu próprio nome, Nóbrega, que significa ser nobre, e vemos que Mahcado mais uma vez se faz irônico ao interpretar um personagem que nem possuía um nome ao ínício da narrativa e que agora ressurge com status perante a sociedade e ainda presenteia uma mendiga com uma nota de também dois mil réis, e que ainda acredita que mesmo passando algum tempo, entregou a mesma nota que recebera tempos atrás para esta senhora.<br />Todo o contexto religioso gira em torno do nascimento dos gêmeos. Percebmos que Natividade sendo uma burguesa de família tradicional, acompanha as rezas, missas, etc; recorre ao misticismo ao se encontrar com a cabocla adivinha que diz que coisas grandes aocntecerão aos meninos, e dá-lhe a expressão de "cousas futuras"! natividade sempre se baseia nessa crença e se faz mais forte que a própria religião católica da qual pertence. A ironia aqui é pelo fato dela essencialmente viver baseada nesta hipótese e viver de aparências nos moldes católicos que pertencia àquela época. Aí se acha a antagonia (oposto) do que era para ser ao se optar pelo misticismo ao catolicismo.<br />Em alguns capítulos é evidente a predominação de caráteres religiosos ligados a obra. No primeiro Capítulo, que é iniciado em forma de parábola e gera um caráter universalista à obra, e valoriza abrangentemente o romance nessa linguagem mais universalista, que é acompanhada até o capítulo XV e vago diluidamente até o capítulo XLVII, onde nestes intervalos são citados filósofos e algumas cenas retiradas da própria Bíblia, onde a política toma maior volume ao passo que os meninos crescem e formam seus caráteres.No Cap. VIII, é adotado o nome dos gêmeos graças a tia dos gêmeos.Cap. XI, Santos visita o espírita Plácido e lá se conhece Aires. No Cap. XIV, Aires conta aos dois a história de "Esaú e Jacob", e no Cap. XV intitulado "Teste David cum Sibylla", Santos conversa com Plácido e estando supostando em Gálatas, cap. II, versículo 11, uma rixa existente na Bíblia entre os apóstolos Pedro e Paulo. Note que nestes números Bíblicos o primeiro termo (II) são dois algarismos romanos idênticos um ao lado do outro e no segundo exemplo com o versículo 11, reaparece a imagem da semlhança entre seres e existentemente uma rixa bem ao meio.E no CAp. XLVII, intitulado "São Mateus, IV, 1-10, a família Baptista é comparada ao termo existente na Bíblia, onde Jesus é tentado pelo Diabo. Aqui no romance, Cláudia tenta Baptista ao não ser conservador e não enviar uma carta ao presidente, aqui acontece a comparação bíblica. Natividade também de maneira sutil usa de artifícios para fazer com que Aires agisse em favor de seus filhos e lhes desse conselhos quando estivessem maiores e não ouvissem mais as pessoas da própria família.<br />Percebe-se que Machado usou ironia e ambiguidade, junto ao dualismo em quase toda a obra e aqui nem os críticos, quanto aos leitores nunca esperariam encontrar em seus romances. Machadoenfatiza nestas personagens e ecumenismo e a discordância entre aparência e essência que são notórios e comuns e por mais que sejam velados e não admitidos pelas mesmas instituições e seguidores. Machado foi totalemtne avançado à sua época e não à toa conseguiu manter toda a obra com características romanescas.<br />Ao final pode-se perceber que os gêmeos seguiram a previsão e que as mulheres ligadas à eles, Flora, que era inexplicável e nunca escolhera com qual dos dois ficava, delirou mais de uma vez e na última vez antes de morrer os uniu em sua mente, dizendo "Ambos quais"? Natividade também os reconciliou por pouco tempo quando viu o resultado da previsão e tornaram ambos deputados em partidos diferentes (Pedro era conservador e Monarquista e Paulo Republicano e impulsivo). Assim ao final foi inexplicável entender como nunca se entenderam e seguiram seu caminho um para cada lado. Aires disse que nada estava diferente, que sempre foi assim.<br /><br /><br />Não esquecendo e comentando com meus amigos que deixaria aqui o registro da grande Palestra com o Lingüista Fiorin na cidade de Jacarezinho, onde abordou a difuiculdade do professor de Língua Portuguesa ao trabalhar este tema dentro da sala de aula, e terminando resumiu tudo à uma apologia de relatar que o professor de português é aquele que cria cidadãos. Assim foi encerrada uma semana muito tumultuada!</span></div><div align="justify"><br /><span style="font-family:courier new;">Grande abraço à todos e ate mais...</span></div>Évertonhttp://www.blogger.com/profile/12125101339964029831noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8399394099009646927.post-41022123783226760542007-09-27T13:06:00.000-07:002007-09-27T13:20:57.931-07:00Pedro e Paulo: Dualismo Bíblico e Político na Obra Machadiana<div align="justify">Dentro do universo da obra de Machado de Assis, seu penúltimo romance publicado Esaú e Jacob é o menos procurado pelos críticos e leitores. Depois de alcançar seu ápice em Dom Casmurro (1899), Machado alcança o crepúsculo e abrange o tema: República X Monarquia, que certamente os homens de sua época não pensariam encontrar em seus romances. O caráter dos gêmeos aqui representados por Pedro e Paulo é exatamente essa dualidade de caráteres diferentes. Por um lado Pedro é conservador, e por outro, Paulo é impulsivo. Este tema não é desconhecido para Machado, pois é percebido que o autor de Esaú e Jacob, retira seu título da bíblia situado no livro de Gênesis nos capítulos de 27 a 33. Vemos que a forma que utiliza para apresentar a narrativa, em forma de parábola, expande seu texto para uma linguagem mais universal. A rivalidade dos irmãos acontece já no ventre, onde abos causaram uma gestação agitada sentida pela mãe. O mesmo aconteceu com Rebeca na bíblia, antes de gerar Esaú e Jacob. A indecisão e a rivalidade é sentida em quase toda a narrativa e os personagens deste romance quase sempre dão uma primeira impressão de uma indecisão que é logo percebida pelo leitor. Machado é com certeza avançado à sua época; e parafraseando Nicolau Svcenko: "aconteceram mudanças registradas na literatura brasileira, e que sobretudo se transformaram em literatura".</div>Évertonhttp://www.blogger.com/profile/12125101339964029831noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8399394099009646927.post-61140720721165327952007-09-26T13:44:00.000-07:002007-09-26T13:49:18.535-07:00A Partir de Hoje<div align="justify">O inicio é tudo, é nele que avaliamos uma pessoa ou um comportamento que dificilmente será mudado em nosso caráter. Ao conhecermos algo novo, essa dúvida, essa motivação é algo extraordinário, e assim, oínício é marcante. Por isso escolhi como primeiro título essa que é também uma letra de música de Oswaldo Montenegro, de seu mais recente trabalho.</div><div align="justify">A partir de hoje se começa uma nova caminhada e é a partir de agora que se gera pontos de vista sobre pessoas ou culturas.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Sejam em-Vindos!</div>Évertonhttp://www.blogger.com/profile/12125101339964029831noreply@blogger.com0