segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Vida da minha vida

Nova postagem, novo olhar para as coisas ao redor!!
De acordo com este trecho da música do sambista Moacyr Luz eu tenho refletido muito nos últimos meses: "...vida da minha vida, olha o que me restou..."!!
Não por coincidência a vida tem dado a mim várias oportunidades de mudança nos últimos tempos: emprego, escolas, estudos, amigos, enfim tudo novo ao mesmo tempo. O interessante é saber processar tudo isso sem perder uma essência que acredito que o passado está impregnado em mim. É difícil construir um novo futuro, mas não aproveitar o que tenho até agora conquistado no passado...
Os próximos dias sempre são os mais difíceis, pois não se podem ser previstos. Somos as pessoas que somos de acordo com as nossas escolhas, pois são elas que tornam o nosso caráter da maneira que é agora, contemporâneo. Se você escolhe sair ou não para algum lugar, optar por ter um novo amigo ou não, tudo influencia o futuro, tudo se transforma em uma "nova vida". E, sendo assim acho que o "...olha o que me restou..." é exatamente isso: tudo aquilo que perdi, ou melhor, tive de abrir mão para ter a oportunidade de me agarrar ao novo, conseguir me apoiar em novos desafios e conhecer novas pessoas!!
Novas pessoas significam novos meios de você próprio melhorar sua vida, seu crescimento pessoal e por que não sua autoestima?? O sentido é esse mesmo, seguir em frente por mais doloroso que possa parecer, afinal, e aqui tomo um gancho de outra música para completar dizendo, (Paulinho Moska) não é "tudo novo de novo"??

domingo, 31 de julho de 2011

Quem vai estar ao seu lado nos dias mais felizes de sua vida?

Antes de começar a escrever, ou no que tenho escrito (bem pouco) nos últimos tempos, apenas penso, apenas existo e formo imagens em minha cabeça:
-Eu era apenas rio, esperando que você navegasse...
Mas agora??

Não sou água, nem céu sujo, nem nada!!
O silêncio é demais, parece que sempre te via pelas ruas e nunca te notara, mas ultimamente você não sai dos meus pensamentos, por quê?
Penso nas pessoas que passaram pela minha vida, nas que via sempre, nas que via na escola, faculdade, empregos antigos, enfim, hoje não faz mais parte da minha vida, afinal, qual o propósito?!
Houve dias que cantava e era feliz, nunca achei felicidade tão contente assim!!
Para uma ou outra pessoa penso na seguinte afirmação:
-Você foi a minha maior e melhor decepção...
Seria apenas assim se resumisse o momento de agora, contados os dias anteriores, que tenho essa fala repetidamente em minha cabeça, esta simples pergunta ronda e ronda minha mente: Por quê??

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Caminhos tortos

Durante as fases que se percorre na trajetória da vida, é possível se deparar com vários caminhos e escolhas que definem por onde esses caminhos vão seguir. Não acredito que tenha um destino final, mesmo próximo dele, podem haver mais percursos que desembocam em mais caminhos.
Enfim, esses caminhos não são apenas literários, eles são mais reais do que se pode acreditar. Nem sempre são fantasiosos, mas sim, concretos. Pode haver um significado para tudo, mas a resposta também pode ser torta. Inclusive em caminhos sinuosos é necessário estar mais cauteloso para não tomar uma atitude precipitada ou que pode gerar dor. Tudo tem um propósito e a resposta para caminhos assim nem sempre são vistos com grandes olhos. É necessário perceber os detalhes do caminho por onde passou e dos que estão ao alcance dos olhos hoje, pois amanhã esse caminho não será mais o mesmo, é outro, é novo...
Essa deve ser a graça de sempre estar caminhando! Mesmo em caminhos tortos, a atenção é toda voltada para que erros não aconteçam, e nessa preparação é fundamental usar tudo o que estiver disposto: os pensamentos, os sonhos, o que se conquista e o que se pretende atingir.
Cada lugar é único, assim como cada pessoa é única. Cada pessoa é um caminho que se deve conhecer para andar sempre confortavelmente, não que às vezes encontra-se crateras ou obstáculos para alcançar esse caminho, mas sim, que cada pessoa possui as suas particularidades que a tornam especiais e únicas, diferente uma das outras.
Caminho, estrada, porto, destino, parada, cada palavra usa em seu grau uma forma de dizer que pontos de partida e chegada estão ali uma do lado da outra e que formam um imenso círculo que não tem fim, elas acontecem a toda hora e a todo momento, até mesmo agora alguém parte e alguém chega, alguém morre e alguém nasce. Forma-se um caminho, um caminho novo, que agora pode ser torto, pois ainda não se vê a sua extensão, mas que alguma hora ao atravessar você conseguirá enxergar a sua continuidade...

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Casamentos, casamentos!!

Há o poeta que diz que todos os poemas são constituídos de "ar". Aí me pergunto: Do que é constituído um casamento?! - De amor?
Não sei responder, pois há quem acredita no amor platônico; quem possui amor como um sentimento de segurança e outros como que não querem simplesmente, passar o resto de sua vida sozinho.
Supostamente acho interessante como os casamentos acontecem com frequência próximo às datas de Natal e Ano Novo. Tenho amigos que se casam especificamente nestas datas como uma opção de reunir familiares distantes e estarem longe das obrigações escolares ou demais ocupações.
O interessante acontece em saber que a inspiração de final de ano é meramente passageira, ao passo que logo ao terminar a vida se inicia realmente. Isto não é referido exclusivamente aos matrimônios, pois muitos seguem os princípios que regem esse enlace.
Acredito que o tempo é o guardião da sabedoria, e é ele quem acredita ou não no resultado. Nós somos parte, como pessoas, que vez ou outra encarnamos um personagem.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Felicidade à sombra da Liberdade

Criando novos horizontes em meio ao mês de Setembro, percebe-se as fortes ondas de calor que a tradicional data cívica e o início da primavera recriam...
Torna-se enfim verdade à olhos vermelhos aqueles que não acreditam que o planeta está sendo consumido pelo ser humano. Sendo a esperança nosso maior aliado, e torcemos para nunca perder sua amizade, mesmo que de nossa parte seja intolerável tê-lo como amigo, somos capazes de aumentar nossa carga desumana e suja...
Talvez seria melhor amenizar nossa dor, buscando pela arte e cultura um meio de divulgação e expandindo aos demais o manifesto que nos é pedido. Tomei parte de um filme interessante sobre cultura e associações sobre o ser humano em diferentes níveis de convívio e para assistir "Escritores da Liberdade" nossa alma ganha um novo sentido de educação que é tão necessária aos dias de hoje.

Tanto Assim

Tanto assim
Como sabera
De um sonho que terminou em sombra
Sombra suave e fresca e festa
Foi-se passar e passou
Aluou o que não se pode falar
E falou o desespero do som
Assim é, assim foi

Tanto assim
Que passou
E o sonho findou
A sombra cresceu
O que era fresco, murchou
O que passa, enloucou

Tanto tempo
O que passa, acabou
O tempo levou
Em canto e descontento

(Éverton Bernardes Wenceslau)

quarta-feira, 21 de maio de 2008

O que é Insubstituível

Diante de tanta tecnologia, ciência e conhecimentos gerados a cada segundo em qualquer parte do planeta, ocasionada pelo crescimento expressivo de opiniões, idéias e bases científicas, temos em nossa frente (esquecida) nosso próprio sentimento de como acompanhar tal desenvolvimento.
Passear em um domingo à tarde, correr no parque, sair para pescar, praticar algum esporte que goste ou quem sabe bater um papo com os amigos presentes lado-a-lado (nada de interferência de computadores), são tarefas que parecem possuir um tempo para realizar-mos que não se conseguem concretizar como há muito tempo.
Os valores de quando fomos crianças parecem desaparecer com o passar dos anos. Jogar bolinha de gude na rua, correr atrás de pipa, jogar bola, esconde-esconde, enfim, tudo parece desaparecer com a evolução da ciência.
Lembro de pessoas que há muito contribuíram para minha infância e que delas hoje não posso agradecer, pois não as vejo como antes, e algumas não estão em meus contatos "on-line". Por isso é bom aprender a reconhecer cada indivíduo enquanto está ali ao nosso lado.
Supostamente essa teoria tende a aumentar, pois quanto mais oportunidades, ou tempo, eu adquiro, mais pessoas "interessantes" vão indo embora e perde-se o contato.
O insubstituível não é o carro do ano ou a mansão que sonhamos comprar um dia; mas até lá quanto tempo passou para isso acontecer? Trabalhamos tanto que esquecemos completamente da relação entre as pessoas. Nossos sentimentos parecem ter muito mais importância que o dos outros. Nosso trabalho parece refletir uma obrigação de que sempre é melhor que antes e nossa meta é alcançar índices maiores ainda.
Sei que não sou como antigamente, mudei também. Mas quem não muda? O momento atual é muito diferente do que há um ano atrás. Aliás, não lembro com exatidão o que fiz há um ano atrás. Seja o que for, tudo é proporcional ao que sou agora. Isso é o que importa.
Inclusive o tempo é apurado. Quanto mais você gasta com ele, mais é cobrado. Cada vez você melhora seu estilo de vida ou sua cultura. Procuramos cada vez mais o melhor, e dele também acontece uma evolução do que ouvimos, lemos e o que realmente queremos para nós mesmos.
Confesso que sempre uso o "nós" involuntariamente para falar com os outros e não vejo mal algum nisso. Pode ser que o insubstituível seja isso que nos acompanha sempre: o nós e não o eu.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Luisa no romance "O Primo Basílio"

Luisa, jovem de media burguesia, cabeça fraca e sonhos altos, casou-se digamos, por interesse ao que o engenheiro Jorge pudesse lhe dar o suposto conforto à jovem.
Dentro disso, Eça de Queirós quis tratar a sociedade burguesa do final do século XVIII, caracterizando seus pontos aguçados em dar crítica sutilmente à maneira que a classe de então vivia em Portugal e Europa. Com esse pano de fundo, temos em análise Luísa como personagem atraída pelo marasmo e em primeira oportunidade na ausência do marido o trai com seu primo Basílio, jovem elegante e charmoso.
A vida de Luisa foi muito desdenhada; ora sentava-se ao sofá ou passava horas ao piano. Este último era marcado sempre com as presenças e aceitações musicais, tanto por parte de Basílio como de seus amigos Sebastião ou Felicidade. Aprendeu inclusive canções que diriam o seu estado de espírito ou o que aceitaria e rejeitaria para si.
Tal comprovação se dá à uma vida pura e ingênua, e assim realçamos que o Primo Basílio não era nada galante ou cortês, ao que apenas seduziria Luisa para tê-la como mulher. Não tendo como evitar e aceitando os galanteios do primo, Luisa rende-se à um mundo fictício e irreal, tanto que quando se dá conta de si e do mal que ocorreu, repudia-se de tudo o que passou e quer ter seu amado Jorge de volta e o trato infinitamente melhor que antes de sua viagem à negócios. Nesse curto período surge a trama, Juliana sua empregada mal quista por todos, rouba-lhe duas ou três cartas e suborna sua patroa. Basílio parte com uma desculpa qualquer e deixa sua prima a vã de sua própria desventura. Assim Jorge volta e Luisa e atormentada todos os dias por sua empregada que a faz trabalhar para si e lhe exige mordomias. Chega assim a um ponto em que a dissonância da vida é aparentemente precária, quer dizer, tudo é uma rotina que deixa um ar úmido e parado no ar, tomando conta do espaço todo e de um futuro sem perspectivas.
Por fim, sem mais se aproximar do piano e auxiliando e implorando a ajuda de Sebastiao consegue finalmente as cartas e falece por aneurisma sua empregada. Jorge mais tarde descobre tudo e a jovem fica a mercê de uma doença infame que a consome por alguns dias até que a leva sem explicações.
De uma temática original que foi acompanhado em "O Crime do Padre Amaro", Eça explora o universo feminino em suas personagens assim como Machado de Assis, da qual, faz-se inclusive contrapontos em comum e analogias quanto a personagens de um ou outro autor.
O curioso é que a música sempre dá as caras quanto se trata destes dois autores. "Helena" de Machado de Assis, "Dom Casmurro", narrado em primeira pessoa por Bentinho ou mesmo em "O Primo Basílio", onde a musicalidade fluiu-se inclusive na passagem que foi musicada, ou melhor, declamada por Arnaldo Antunes em "Amor I Love You" em disco de Marisa Monte.
Põe-se aí o instrumento do piano sempre com a elite ou a burguesia em geral, mas que sempre acompanha os emblemas de uma sociedade em que gerações ou centenários ainda perduram muito o que apontar nos romances históricos, onde se sugere muito a analisá-los com leitura e afinco.